SINOPSE
Uma nova e original história da Independência, a partir de rigorosa pesquisa e amplo diálogo com a historiografia.Nas primeiras décadas do século XIX, o Império português testemunhou profundo agravamento do déficit fiscal. O aumento nas despesas, principalmente em gastos militares, constrangia orçamentos de várias monarquias europeias desde o século XVIII, e não seria diferente no caso luso, depois do início das Guerras Napoleônicas e, um pouco mais tarde, da transferência da família real para o Rio de Janeiro. A falta de pagamentos de servidores civis e militares e a emissão desenfreada de papel-moeda, que gerava inflação e impactava severamente os preços de alimentos, compunham o caldo de insatisfações dos súditos de d. João VI em Portugal e no Brasil no final da década de 1810.O descontamento era total. Em Pernambuco, o aumento do preço da farinha havia contribuído para deflagrar a revolução de 1817. Em Portugal e no Brasil, a Revolução Liberal de 1820 e 1821 poria em xeque o absolutismo de d. João VI, exigindo a adoção de uma Constituição que impusesse limites à discricionariedade do monarca nas decisões sobre gasto público e cobrança de impostos — a culminância de um processo histórico que, guardadas as devidas diferenças, havia ocorrido em países como França e Reino Unido. Estudo minucioso, original e em constante diálogo com a historiografia sobre o período, Adeus, senhor Portugal oferece uma interpretação ampla do processo emancipatório brasileiro, relacionando as ten
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